domingo, 29 de novembro de 2009

MARIONETE



"Fantoche em tuas mãos, um mamulengo
que cumpre, apenas, cenas que diriges
nas ausências de mim, quando me exiges
viver saudade, que me faz molengo.
Sou vassalo do embalo de teu dengo!
Mesmo fazendo a falta que me infliges,
sou teu fantoche, aquele que corriges
nas andanças do amor, onde capengo.
Enquanto o amor floresça e desabroche
e teu corpo o meu corpo aperte e acoche,
dando-me vida e concebendo a vida,
enquanto em fogo o gozo teu me arroche,
eu quero ser, no tempo, o teu fantoche,
a tua marionete preferida! "

Odir, de passagem

Nenhum comentário:

Postar um comentário