quinta-feira, 10 de dezembro de 2009


"Porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca". Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas.

Já não tentamos o suicídio nem cometemos gestos tresloucados.
Alguns, sim - nós, não. Contidamente continuamos. E substituímos expressões fatais como "não resistirei" por outras mais mansas, como "sei que vai passar".
Esse é o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência"

( Caio Fernando Abreu)

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