terça-feira, 22 de dezembro de 2009




Eu sou a possibilidade do soco

Eu sou a incapacidade do amor, numa boa
Eu sou o surto de cólera que assola os países do terceiro mundo
Eu sou o ícone da miséria do submundo
Eu sou o sangue, a gordura e as vísceras
Eu sou a união de sentimentos díspares
Eu sou a mediocridade vil que suja os monumentos arquitetônicos da vida.
Eu sou a terceira margem do rio de Rosa
Eu sou a moderna poesia em prosa
Eu sou o pranto e sou o canto
Eu sou o tanto quanto assim...
Eu sou o sexo sem nexo e todo os teus desejos afins
Eu sou a esperança que luta contra o medo
Eu sou a aliança que enforca o teu dedo
Eu sou a possibilidade remota da virada
Eu sou o céu, o réu, a liberdade vigiada
Eu sou a folha rasgada do livro de Neruda
Eu sou a figa, a nota embaixo do Buda.
Eu sou a sorte da loteria
Eu sou a vassoura, caldeirão de bruxaria
Eu sou tato, paladar, visão, olfato e audição
Eu sou o ter, o ver, o querer e o não
Eu sou a sujeira embaixo do tapete
Eu sou a verdade embaixo do enfeite
Eu sou o ser e o não-ser sem questionamentos
Eu sou um poeta; sem deslumbramentos


Edson GAllo

Um comentário:

  1. Uau, vc sempre buscando a intensidade no existir!Pois é Déa, quantos acontecimentos q de alguma forma nos aproximaram neste ano ñ é?Aprendi a gostar mais ainda de vc, por toda atenção dispensada a mim e a minha filha Nina(em silêncio).Ela já conseguiu um hospital de recuperação.Devo muitas coisas boas a vc!ñ tive como ñ agradecer, por mais q vc pedisse!MUITO OBRIGADO!A gente te ama muito e quem sabe nos vemos em breve!Feliz Natal Déa,pra vc e pra tua mamãe...rs Deus continue com vc minha amiga dos céus.Um grande abraço!

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