sexta-feira, 20 de novembro de 2009


"Vida, minha vida Olha o que é que eu fiz

Toquei na ferida, nos nervos, nos fios
Nos olhos dos homens de olhos sombrios
Mas, vida, ali, eu sei que fui feliz


Luz, quero luz Sei que além das cortinas são palcos azuis
E infinitas cortinas com palcos atrás
Arranca, vida Estufa, veia E pulsa, pulsa, pulsa, Pulsa, pulsa mais


Mais, quero mais Nem que todos os barcos recolham ao cais
Que os faróis da costeira me lancem sinais
Arranca, vida Estufa, vela Me leva, leva longe, Longe, leva mais..."

2 comentários:

  1. "...Venha, meu amigo. Deixe esse regaço. Brinque com meu fogo. Venha se queimar. Faça como eu digo. Faça como eu faço. Aja duas vezes antes de pensar... Eu semeio o vento. Na minha cidade. Vou pra rua e bebo a tempestade..."

    Chico Buarque

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  2. Quando eu abro os olhos meus eu vejo a beleza de sua voz.
    Esta mesma voz que em tantos momentos me falava de sua vida, da minha vida, de nós.
    Falava, entre tantas coisas, da legria e da tristeza, dos concursos de vitória e de derrotas. Essa mesma voz que fica abafada no esquecimento de um beijo meu que há tanto tempo eu dei.
    Quando eu abro os meus olhos eu a vejo à minha frente ou nos meus pensamentos, mesmo tendo o malvado tempo me cegado à outras possibilidades.
    A minha pele na sua tez e esse cheiro de fruta madura do seu corpo no meu suor. Meu Deus, como eu me lembro!
    Nossas mãos, eu recordo ainda; a minha afagando a seda dos seus cabelos e as suas, esquecidas ao longo do seu corpo que jazia nos delírios do pecado, porém, se eu fecho os meus olhos então é que eu me perco e deixo escapar a lágrima fujona que força à porta desses olhos, cárcere que encerra, dos seus olhos, a mais bonita de todas as imagens que aos meus, me foram dadas ver.

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