
Quando as palavras faltam, restam as letras feitas...
(Ainda explico: é que eu nasci envelhecida).O meu humor oscila várias vezes nesse mesmo dia e eu consulto o calendário e o meu mapa astral pra saber se são hormônios ou os astros, e consulto você pra saber se sou insuportável.Talvez eu seja bipolar, eu penso, todo mundo hoje em dia é.(Ou inventa)
Você sugere ver qualquer coisa na TV,
Prefiro descobrir o livro que ganhei do Zé.
Há tempos não escrevo um texto bom, reclamo pra mim mesma enquanto esvazio uma garrafa de vinho sem sucesso.Minhas emoções andam muito fragmentadas, concordo comigo mesma dando um último gole.
É preciso que a música termine para que eu passe a poesia, o perfume e saia.
Nesse momento só consigo fechar os olhos e soltar a voz rouca, afagando o peito enfraquecido pela ansiedade.
Estou esperando um telefonema há 3 horas, me antecipei pra medir o atraso.Na verdade,ainda há tempo hábil para o amor e vai ser tão melhor se só chover depois, intuo.
A tempestade veio antes, você ficou presa no trânsito e vamos perder o filme, era o que eu temia. Mas eu comecei a ler o livro do Zé, precisava mesmo conversar com alguém culto, rebato.
Você entende com a mesma discrição da minha insistência.
Você decide que vem a qualquer hora, isso paradoxalmente me acalma. Ainda temos um dvd ou conversas intermináveis, prometo.
E eu torço pra que consigam remover rapidamente essa árvore que caiu obstruindo o trânsito. E rezo por dentro pra que ela não tenha sofrido muito...
Com a tua ausência, eu aprendi a cultivar distâncias... Obrigada pelo que temos. Você me melhora.
Finalmente troquei a minha real intensidade pela postura "adequada" de pessoa NÃO mto frágil.
Finalmente eu construí um personagem sem muita poesia.
Agora, todo o meu afeto é discreto e as minhas taquicardias semi-ausentes...
(para que talvez "me gostes" e nada doa em você...)in finita mente.