quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Deliberadamente enviesado, incorporando claros-escuros, arranjos impuros, explorações ready-mades, quase-tecnos, músicas para pistas de danças, instantes marcantes, momentos decisivos, in-seguranças máximas e perícia na manipulação das identidades oscilantes entre SOU SEU e SOU SUA, tudo lateja. Que chama é essa que singulariza e dá propulsão à CANTADA de Adriana Calcanhotto? Quem sabe? Talvez a vontade e a capacidade de manter aceso o veio experimental não nas bordas alternativas, mas, precisamente, no mainstream da música pop comercial. E ela o faz pelos caminhos menos óbvios: pela diminuição proposital dos acordes em proveito de um cancioneiro minimalista lúdico e pela promessa de felicidade – pela CANTADA – com a qual conseguiu seduzir para o seu projeto os músicos-autores que a ajudam a realizá-lo. Vale a pena ouvir e ouvir e ouvir...




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